A partir de agora vamos "fuxicar". É isso mesmo!
Que é fuxicar? Ah! Fuxicar é falar da vida, nossa e dos outros, é dialogar com alguém sobre um tema ou assunto qualquer. Fuxicar também é a arte de fazer peças de costura a partir de retalhos de pano. Colchas, bolsas, roupas em geral são produzidas por artesãs do Brasil, principalmente as nordestinas, a cerca de pelo menos 150 anos. Hoje esta arte inclusive vem sendo copiada por estilistas do mundo inteiro.
Por que trazer esta metáfora para nosso blog de estágio Antes de qualquer coisa o fuxico é uma arte, e como tal, precisamos colocar mais cor, formas em nossos debates científicos. O autor Edgar Moran nos ensinou que estratégia é a arte de lidar com a incerteza. Vamos vivenciar um pouco de arte em nossos debates. Além disso o fuxico é uma prática de comunicação. Vamos experimentar um jeito ético e estético de comunicação. Deixemos as intrigas para as senhoras fuxiqueiras e vamos ao debate livre e plural de idéias. Idéias de quem ensina, aprende e fez educação de qualidade nas universiadades públicas do nosso país.
Ficou com vontade de fuxicar?
Então pegue linha e agulha e um retalho de pano e venha fuxicar em nosso fóruns de grupos específicos.
Quais as interlocuções que o texto traz sobre a questão da pesquisa na formação inicial e continuada?
Quais as consequências de um curso de formação que não incorpora a pesquisa como eixo central?
Como romper com uma concepção de estágio que tem como pauta "a hora de mostrar o que foi aprendido?
Palavra franqueda VIII semestre...
Vamos ao debate?
Vamos ao debate?
16 comentários:
Entende-se que estão defasadas as posturas que preconizam a supervalorização das ideias impostas e sendo assim a pesquisa pode ser a conseqüência do fazer do professor fundamentado em questionamentos, dando validade à investigação para a estruturação do processo empírico-teórico, e buscando respostas dar-se sentido às teorias. É nesse fazer que vai se delineando um professor-pesquisador que construirá um diálogo entre professor-pesquisador-aluno, que juntos esboçarão um novo fazer pedagógico que busca a totalidade da ação. Assim, pensar no professor-pesquisador é ultrapassar o entendimento que limita a docência em pedagogia à instrumentalização e execução de metodologias previamente estabelecidas, para ações que oportunizam ao pesquisador conhecer a realidade inserida para direcionar as teorias. Pesquisar é sobretudo permitir que o professor pense e oriente o seu fazer pedagógico. Defender essa postura é romper com as segmentações dos cursos de licenciatura que dividem os mesmos em gavetas separadas por disciplinas teóricas, metodológicas e práticas. Para tanto, a pesquisa perpassando o currículo do curso de pedagogia é imprescindível para permitir aos alunos vivenciar a prática educacional e refletir sobre a complexidade que a cerca, partindo do princípio da ação-reflexão-ação para que o aluno seja sujeito e construa autonomia nas relações dialógicas e dialéticas.
Oi Larissa,
Você traz reflexões importantíssimas em relação a questão da pesquisa na formação de professores. È só com a pesquisa e pela pesquisa, que vamos ter profissionais autônomos nas nossas escolas, criando e recriando os seus etnométodos e teorias a cerca da sua ação pedagógica. Essa visão contrapon-se a uma concepção generalsita de formação.
Beijos,
A implantação das atividades de pesquisa no currículo de pedagogia é justificada pela necessidade de levar o aluno e também os que já são professores a refletirem ao tempo que vivenciam o cotidiano escolar. Cujo principio gira em torno da ação e da reflexão, pra compor uma relação dialógica e dialética. E é nesse movimento de ação-reflexão-ação – práxis – que são travados os diálogos que sinalizam as demandas e também alternativas para resolver os questionamentos levantadas. Desse modo a prática é o ponto de partida, o indicador do caminho a percorrer, pois são nos momentos de ação que surgem os imprevistos e os desafios da ação pedagógica. Nesse momento a teoria, pode funcionar como uma lente, que possibilita o professor perceba o que está em seu entorno. Assim ao lançar não de uma teoria, ela será um sinalizador – não uma receita a ser seguida e aplicada sem nenhuma reflexão – do que precisa ser redimensionado na relação pedagógica. Desse modo fica claro o quanto a dicotomia existente entre o fazer e o pensar precisa ser superada ante a complexidade e existentes no processo pedagógico.
Por muito tempo a pesquisa esteve atrelada a universidade, ao professor universitário. As experiências e saberes dos professores da educação básica nunca foram valorizadas, pelo contrário, estes sempre foram visto como meros transmissores dos conhecimentos já produzidos. Um novo movimento questionador que surge traz esses atores educacionais a repensarem sua ação docente e prática pedagógica, enfatizando a pesquisa com base em fundamentos teóricos como possibilidade de investigação, análise e modificação de uma realidade.
Evidentemente, que à organização curricular dos cursos de Pedagogia não preconizam a pesquisa nas ementas das disciplinas, o que vemos é uma ação docente desconectada da realidade escolar que não busca investigar os problemas e desafios do processo ensino-aprendizagem para uma possível transformação. Formando professores que reproduzem a ideologia capitalista da dicotomização do pensar e do fazer, sendo estes responsáveis pela consolidação do fazer, anteriormente já pensado por uma minoria intelectual caracterizada pela detenção do conhecimento científico.
Para tanto, é preciso romper com a ideia de estágio como treinamento para a profissão docente, sem privilegiar a pesquisa, a investigação e a reflexão do cotidiano escolar, questionando-se a situações imprevistas que fazem parte do processo de ensino-aprendizagem e que surgem no cotidiano escolar.
A proposta discutida pelas autoras refere-se à idéia da pesquisa como uma dimensão da formação docente, entendendo a importância dessa para o fazer sócio-educativo do professor, que em meio à realidade escolar, vivencia os percalços enfrentados na educação. Partindo disso, é necessário oportunizar a abertura de um dialogo colaborativo entre o pesquisador acadêmico e o professor-pesquisador, a fim de propor a busca por respostas, soluções e o repensar sobre suas atuações no contexto educativo, tendo em vista a articulação de saberes, a interatividade de conhecimentos, onde o indagar é imprescindível para vir a conhecer.
A escola não pode ser um espaço meramente experimental e a docência não pode ser entendida como o momento de aplicação das metodologias apreendidas no âmbito acadêmico, pois alem de ser um local da ação, é também um lugar de reconstrução de saberes, pensamentos e posturas. O pensar não pode ser impossibilitado pelo agir, ambos quando integrados à situação em questão tornar-se-ão eficazes no momento do questionamento, da investigação proposta a um novo fazer docente, da ação-reflexão-ação, entrelaçando teoria e prática como elementos essenciais para compreender contexto escolar.
Sabemos que os conhecimentos trabalhados nos cursos de formação docente são insuficientes, posteriormente, para atender as exigências da realidade escolar, pelo fato de serem disseminados de forma isolada e universalizada da prática, tornando ignorada a complexidade do processo pedagógico, contemplado pela imprevisibilidade, heterogeneidade, multiplicidade e dinamicidade. É preciso levar em conta as especificidades de cada sala de aula, de cada chão de escola, e a partir daí direcionar o processo conforme a peculiaridade que lhe cabe.
Apesar de reconhecermos a seriedade com que os pesquisadores brasileiros vêm produzindo uma consistente literatura no âmbito da educação, os efeitos de tais avanços pouco se refletem no interior das escolas. A pesquisa, não sendo um fim em si mesma, pode ser a conseqüência de um fazer em que o indivíduo faz e coloca questões. A pesquisa pode se dar a partir de um questionamento, de uma pergunta, de uma idéia fixa, articuladora de um processo empírico-teórico de uma investigação. Não se trata de descartar a necessidade do aprofundamento teórico, mas, dar a este o sentido de busca de respostas, abrindo-se a novos questionamentos. A pesquisa é entendida como o momento do pensar. Pensar para orientar o fazer de outros.
Tendo a pesquisa presente no curso de Pedagogia há a intenção de que o aluno tenha a oportunidade de vivenciar a prática educacional e, ao mesmo tempo, refletir sobre esta.
A atividade de pesquisa é um fio que se entretece a todas as disciplinas trabalhadas no curso. É na pesquisa, na inserção cotidiana e nos diferentes espaços educativos, que surgem questões que alimentam a necessidade de saber mais, de melhor compreender o que está sendo observado, construindo novas formas de percepção da realidade e de encontrar indícios que façam dos dilemas desafios que podem ser enfrentados.
A estranheza com que se trata o professor pesquisador é compreensível devido ao legado que a história nos deixa,por muito tempo se pensava a pesquisa apenas para professor universitário,entendida como a hora de pensar para orientar o fazer dos outros.Nessa concepção havia uma grande diferença entre os que pensavam e os que executavam. Atualmente não cabe mais manter a postura de um professor que vive a escola sem pesquisar, sem se aprofundar nas leituras, a fim de desvendar os mistérios da educação em busca de transformações na sua prática docente, a pesquisa atualmente se constitui como um fator fundamental para o exercício da docência.
Um Curso que não proporciona aos alunos a pesquisa, forma apenas “dadores” de aulas, Professores que executam uma ação sem refletir a mesma, dessa forma o estágio se constitui um treinamento para profissão como uma coisa meramente técnica e generalizada onde as especificidades são descartadas.
Uma forma de romper com essa visão seria primeiramente modificar a forma como o estágio esta organizada no currículo, no final do curso como a hora do fazer, outro aspecto importante seria o incentivo a pesquisas a partir da realidade da escola, ou seja, uma coisa concreta e não o faz de conta, pois ela se constitui como o ponto de partida pesquisa.
A divisão do trabalho do sistema capitalista gera a dicotomia entre o pensar e o fazer. O primeiro sempre atrelado a universidade, ao professor universitário, enquanto o fazer cabe ao professor da educação básica. Diante disso, a escola é invadida pelos técnicos da educação que passam a pensar/planejar pelo professor, em prol de uma suposta produtividade.
Esse contexto silencia as perguntas, indagações indispensáveis ao processo de construção do conhecimento. Consequentemente, o processo de escolarização aposta nos pré-requisitos trazidos pelos técnicos, isentando os professores de serem pesquisadores.
Nessa perspectiva, a pesquisa é entendida como momento do pensar para orientar o fazer de outros. Torna-se, pois, necessário a formação de professores-pesquisadores. Para tanto, os cursos de formação de professores deve ter seu currículo perpassado pela pesquisa, oportunizando os alunos vivenciar a prática educacional e, ao mesmo tempo, refletir sobre ela, constituindo uma relação dialógica e dialética.
Quando o currículo não possui essa intenção, estrutura-se de maneira fragmentada, tendo como base as disciplinas teóricas, ligadas ao saber, seguidas posteriormente pelas metodologias, ligadas a prática, para então finalizar com o estágio, momento de treinar a ação docente, mostrando o que foi aprendido.
Os cursos de formação de professores, portanto devem romper com essa concepção dicotômica, considerando a teoria como “lentes”, instrumentos que auxiliam na compreensão do real, tendo a prática como ponto de partida e chegada. Dessa maneira, qualifica o professor enquanto pesquisador, que nesse movimento de ação-reflexão-ação, tornam-se aptos a formularem alternativas para transformar a realidade.
É evidente a prática da pesquisa no curriculo escolar, uma vez que é evidenciada como um recurso eficiente que contribui na formação inicial e continuada, por possibilitar refletir e buscar soluções no que dizem respeito a questões reais, possibilitando assim intervenções mais eficazes. Isto é, através dos mecanismos que permeiam a pesquisa surgem questões que alimentam a necessidade de saber mais, de melhor compreender o que está sendo observado/ vivenciado, de construir novas formas de percepção da realidade e de encontrar indícios que façam dos dilemas desafios que podem ser enfrentados. Todavia, sua ausência neste meio (educacional) culmina, muitas vezes, em um conhecimento "insuficiente", já que os conhecimentos adquiridos, chamados teóricos, quando confrontados às exigências colocadas pela prática cotidiana se mostram insuficientes e, muitas vezes, inúteis. Neste confronto, as dúvidas, questionamentos e incompreensões emergem, assim como novas percepções do que havia sido estudado, gerando a necessidade de outros conhecimentos.Por conta disso, faz-se necessário a pesquisa no curso de formação docente,uma vez que qualifica o professor enquanto pesquisador, que nesse movimento de ação-reflexão-ação, tornam-se aptos a formularem alternativas para transformar a realidade.
Deste modo, o estágio é fundamental como forma de aquisição de conhecimento, no entanto, só vai deixar de se configurar como a hora de mostrar o que foi aprendido quando trabalhar simultaneamente com conhecimentos/desconhecimentos teóricos e práticos, partindo do principio de que a ação e a reflexão compõem uma relação dialógica e dialética.
Tendo em vista essa proposta de professor- pesquisador, é preciso levar em conta que o professor deve está sempre buscando o novo, pois o conhecimento dele não está acabado ali e o ciclo deve ser sempre renovado e esta busca pelo novo ele bem através deste contato com a pesquisa, desta busca constante com aquilo que está relacionado com a sua prática, com o seu cotidiano, enfim com a sua propria realidade de sala de aula e de escola.
e nesta proposta de professor que faz questionamentos, investigações pesquisas, faz-se necessário enfatizar o aspecto coletivo de todo este processo. O objetivo central é que o professor-pesquisador seja competente para gir criticamente em seu cotidiano, e esta competência se constrói num processo coletivo, no qual tanto o crescimento individual, quanto o coletivo, é resultante da troca e da reflexão sobre as experiências e conhecimentos acumulados por todos e por cada um.
O texto nos traz a importância da pesquisa na vida do professor,pois, através dela o profissional é capaz de desenvolver um trabalho mais eficiente.O professor- pesquisador faz a diferença não só em sala mas também em todo o seu ambiente de trabalho,pois,além dos conhecimentos adquiridos ele também adquire autonomia.O professor - pesquisador tem consciência que a sua função não é apenas aplicar as metodologias mais sim formar cidadãos críticos e autonomos.
A noção de professor pesquisador se coloca como uma necessidade no momento em que ela problematiza práticas de ensino, tendo seu significado desde a verificação da prática, análise sistemática e o aprimoramento da prática docente ou um conhecimento novo sobre o que é ser docente. É preciso envolver diferentes segmentos que trabalham com a questão da educação, a fim de trazer e apresentar as diversas preocupações, problemas e conhecimento. É a partir dessa interlocução que se pode encontrar caminhos para responder aos desafios que a realidade da educação se coloca na atualidade. É fundamental uma aproximação entre a cultura universitária e escolar, problematizando conjuntamente o ensino sem desprezar a pesquisa acadêmica, tornando assim a sala de aula em um cenário de aquisição de conhecimento, constituição de identidades, interações, troca de idéias e experiências, construção de significados partilhados, atitudes, valores e comportamentos.
A importância do professor pesquisador é clara, pois sem a pesquisa, a busca de informações e pelo novo, o educador seria um mero profissional docente que está ali apenas para executar suas obrigações sem, contudo, refletir, modificar e aperfeiçoar sua ação docente.
Amei seu Blog, Vai do pessoal ao técnico em um segundo, mescla informações de extrema relevância, e ao mesmo tempo reproduz o caráter a personalidade da blogueira.
Sou da Turma de Cristiane - Espec Mídias Uesb.
Pode apostar que a visitarei sempre em busca de novidades, e por quê não? Para deixar alguma colaboração que venha por ventura descobrir.
Bjs.
Janice
Muito obrigado pelo artigo. Tem sido bastante difícil encontrar informações relevantes quando pesquisamos, mas o seu artigo, na verdade o blog, me ajudaram bastante.
Carla Santos
Meu último artigo é sobre sucos para baixar pressão alta.
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