segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Produção de games na Bahia ganha primeiros títulos para escala comercial

Nada de matar monstros saídos de outro planeta, roubar carros no meio
da rua ou pilotar naves espaciais no espaço sideral. A Bahia começa a
produzir seus primeiros games e os próximos lançamentos destacam-se
por abordar a história do próprio Estado. São as primeiras iniciativas
de se inserir em uma indústria que faturou R$ 87,5 milhões em todo o
Brasil só no ano passado – em escala mundial, movimenta cifras de US$
30 bilhões. A produção baiana ainda está concentrada nas
universidades, mas já surgem as primeiras empresas criadoras de games.

Um exemplo da prata da casa é Búzios – Ecos da Liberdade, em
desenvolvimento por um grupo de 17 pesquisadores da Uneb. O
protagonista do jogo é Francisco, um baiano que foi estudar direito em
Portugal, no final do século XVIII, e volta para Salvador com o
objetivo de articular, com outros intelectuais, a conhecida Revolta
dos Alfaiates. Francisco é um personagem ficcional, mas o enredo
inclui figuras históricas como Cipriano Barata e Manoel Faustino.
“Nosso primeiro jogo foi o Tríade, feito em 2006 e ambientado na
Revolução Francesa. Na equipe de criação, contamos com roteiristas,
designers, músicos, historiadores e, obviamente, programadores” ,
explica Alexandre Santos, gerente de projetos do grupo Comunidades
Virtuais, da Uneb. O Tríade está disponível gratuitamente no site
http://www.comunida desvirtuais. pro.br/triade

Nacional - Levantamento da Abragames (Associação Brasileira das
Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos) de julho de 2008 contabilizou 42
empresas do ramo que empregam 560 profissionais (cujo salário médio é
de R$ 2,2 mil). A produção nacional se divide entre hardware
(aparelhos de videogame) e softwares (games, dos quais 43% são para
exportação).

Na Bahia, os jogos começaram a ser criados há cerca de cinco anos por
pesquisadores ligados a universidades. Surgiram algumas empresas com
foco geral em tecnologia, mas que também produzem games.

Junto com o grupo da Uneb, há o Indigente, da Ufba, ambos pioneiros na
Bahia. O Indigente está criando também um game histórico, o Kirimurê,
que retrata a Bahia na época do descobrimento. Ambos receberam
recursos da Fapesb (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia),
que destinará os jogos voltados à educação na rede pública. Há ainda
um grupo do Senai, em parceria com o Instituto Federal da Bahia
(IF-BA), criando um pacote de jogos para a TV digital. Além deles, há
a Virtualize, voltada para o mercado publicitário, que cria jogos
promocionais para empresas, e o Instituto Recôncavo de Tecnologia, com
o foco em inovação tecnológica, que tem desenvolvido games educativos.
A exceção é a Gamenyx, empresa formada neste ano com o foco exclusivo
em games, que lançou na semana passada o seu primeiro jogo, o Immortal
Lords.
http://www.atarde.com.br/economia/noticia.jsf?id=1247376

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