domingo, 15 de março de 2009

Formar o professor pesquisador: um desafio para as Universidades.


Com a discussão do texto de Maria Teresa Esteban " A pesquisa como eixo da formação docente", demos início a aula do dia 11/03, utilizando como dinâmica de leitura, "idéias que se entrelaçam". A dinâmica consiste na entrega de um trecho relevante do texto, para cada dupla de alunos, e em seguida, é solicitado que os mesmos argumentem o que compreendeu do mesmo, articulando a sua formação docente. Questões como: a dicotomia teoria e prática, a importância da teoria na pesquisa, o distanciamento da academia das pautas da escola pública, a importância da professora da escola básica produzir conhecimentos etc, foram discutidos de forma profunda na nossa aula.Em suas investigações sobre essa temática, Zeichner (2002) denuncia a divisão entre o professor pesquisador e o pesquisador acadêmico. Se por um lado os acadêmicos consideram as pesquisas dos professores como menores ou triviais, por outro, os professores não se sentem contemplados nas produções acadêmicas, pois a própria linguagem utilizada nas produções só faz sentido para os pesquisadores de determinada comunidade científica. Além disso, os professores com freqüência são descritos na pesquisa acadêmica de forma negativa, gerando uma rejeição em relação a estes estudos. “Provavelmente, como grupo, professores não são mais sexistas, mais racistas, e mais incompetentes do que os pesquisadores acadêmicos” ressalta Zeichner (2002, p.211).Contra essa lógica, o autor recomenda que nas propostas de formação de professores, os docentes sejam tratados como profissionais que pensam e têm autonomia sobre o seu trabalho, tomando decisões frente à utilização dos novos conhecimentos na sua prática, rompendo com a perspectiva de treinamento de habilidades ou receituário de técnicas.