terça-feira, 2 de março de 2010

Professora - Pesquisadora: um desafio na formação inicial



Com a provocação da autora Maria Tereza Esteban, vamos começar a análsie e reflexão sobre o texto da nossa última aula.

"Até bem pouco tempo, ninguém questionaria o estatuto exclusivamente acadêmico do pesquisador, tendo em vista que pesquisa pressupõe uma fundamentação teórica conssitente, uma ampla leitura crítica da bibliografia especializada; enfim uma longa estrada construída no espaço acadêmico. Como, de repente, aceitar que um professor da escola básica se improvise como pesquisador? Na conta - hegemonia, porém, vem crescendo um movimento questionador e propositivo."

Questões para reflexão:

Quais as interlocuções que o texto traz sobre a questão da pesquisa na formação inicial e continuada?
Quais as consequências de um curso de formação que não incorpora a pesquisa como eixo central?
Como romper com uma concepção de estágio que tem como pauta "a hora de mostrar o que foi aprendido?

Palavra franqueda VIII semestre...

segunda-feira, 1 de março de 2010

A Pedagogia cai na rede.- Oficina de Blog




Refletindo sobre os novos arranjos da Sociedade Contemporânea, os nativos digitais e a interatividade potencializada pela internet, que nos possibilitou uma comunicação todos- todos, demos início a oficina de blog no curso de Pedagogia. A oficina foi ótima, contando com a participação e cooperação de todos. Expliquei claramente o objetivo do trabalho, buscando superar uma visão de TIC meramente instrumental, para a utilização das mesmas como estruturantes de novas educações, onde a autoria e produção dos sujeitos envolvidos se destacam. O trabalho com os blogs, visa fomentar a reflexão partilhada sobre a prática pedagógica no estágio, bem como inserir as alunas de Pedagogia no contexto da Cibercultura. Destaquei também que o trabalho com blog na disciplina de estágio, tem como foco principal servir de espaço de reflexão sobre a itinerância discente e docente, e potencializar o processo de colaboração entre os alunos.

Deixe aqui seu comentário sobre nossa aula hipertextual e interativa.

Quem começa? Palavra franqueada...

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Pedagogia

Currículo dos cursos de Pedagogia não prepara para a realidade escolar

O currículo dos cursos de Pedagogia, principal entrada na profissão, não contempla o "quê" e o "como" ensinar nem prepara para a realidade escolar, revela pesquisa da Fundação Carlos Chagas para NOVA ESCOLA

O professor, por excelência, é o profissional que sabe ensinar e tem domínio sobre os conteúdos que leciona. Aparentemente óbvios, esses preceitos infelizmente não se confirmam no dia-a-dia, e a maior causa disso é a formação inicial. O curso de Pedagogia, que deveria garantir a competência de quem leciona na Educação Infantil e nas primeiras séries do Ensino Fundamental, forma profissionais despreparados para planejar, ensinar e avaliar. O resultado é a péssima qualidade da Educação no país.

Um curso que tem como missão formar profissionais tão diversos como professores de diferentes segmentos, além de coordenadores pedagógicos, gestores, supervisores de ensino e pesquisadores, não tem como prioridade no currículo o "quê" e o "como" ensinar determinadas faixas etárias. Segundo a pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas para NOVA ESCOLA, apenas 28% das disciplinas dos cursos ministrados em todo o país se referem à formação profissional específica - 20,5% a metodologias e práticas de ensino e 7,5% a conteúdos.

"Muitos dos futuros educadores não dominam esses conteúdos, e cabe à faculdade considerar os conhecimentos dos ingressantes e suprir essas lacunas", diz Gisela Wajskop, doutora em Educação e diretora do Instituto Superior de Educação de São Paulo - Singularidades. Na Argentina, um país reconhecido por desenvolver de forma articulada a investigação didática e projetos de formação docente, as disciplinas do currículo voltadas a "o quê" e "como" ensinar correspondem a 65,2% do currículo do curso.

No Brasil, grande parte da carga de matérias da Pedagogia - 42% do total - é voltada para o funcionamento dos sistemas educacionais e os fundamentos da Educação (História, Psicologia da Educação etc.). Uma boa base teórica em humanidades é fundamental, mas não o suficiente (leia os depoimentos nesta página e nas seguintes). "A graduação deve ajudar os professores a se servir de conhecimentos teóricos para ref letir sobre o cotidiano - o que não acontece hoje", afirma Elisabete Monteiro, da Universidade do Estado da Bahia (Uneb).

Faltaram didáticas

Elaine Oliveira, professora da rede municipal de Salvador, BA. Foto: Fernando Vivas
Elaine Oliveira, professora da rede municipal de Salvador, BA

Quando começou a trabalhar com uma turma de 1ª série em Salvador, há dez anos, Elaine Oliveira não estava preparada para essa difícil tarefa. Apesar de ter estudado as hipóteses de escrita, ela não sabia o que fazer com a informação quando se deparava com os textos escritos pelas crianças. "Não tinha claro quais atividades propor para que cada uma delas avançasse", conta. " Ficava frustrada por não conseguir usar em sala de aula conhecimentos tão importantes para o trabalho com essa fase." Nas aulas de Matemática, o problema era igualmente grave. Além da didática, conteúdos da disciplina, como o trabalho com sistemas de numeração, também ficaram de fora das aulas durante a graduação.

"Não aprendi os conteúdos de Matemática nem como alfabetizar."