quinta-feira, 2 de abril de 2009

Pesquisa no Estágio... Como e Para Que?






A questão da formação de professores pesquisadores, é uma idéia que vem sendo debatida e defendida por inúmeros educadores, em diferentes áreas do conhecimento. Nos diferentes seminários, grupos de pesquisa e em textos legais, essa é uma questão sempre atual. Acredito que a função didática da pesquisa na formação de professores, pauta-se na importância de desenvolvermos sujeitos com autonomia, contrapondo-se a uma formação meramente tecnicista, que espera soluções vindas de alguma divindade. É só através da pesquisa, que poderemos vivenciar a reflexão crítica sobre a prática pedagógica, buscando soluções que não estão prescritas por especialistas. Assim, na formação inicial, precisamos instrumentalizar nossos alunos a exepienciar essa perspectiva, pois é quando vão sendo construídas de forma mais sistematizadas as imagens sobre a profissão. Na disciplina de prática de ensino, essa discussão é fundamental, pois a construção da etnografia da escola campo de estágio é um dos objetivos primeiros que precisa ser resgatado.

Uma metodologia que vem dando bons resultados...

Partindo da perspectiva de que o educando aprende quando ele se envolve no processo de produção do conhecimento, e na interação com o outro, começo o trabalho construindo mapas conceituais, onde os mesmos compartilham suas expectativas e interesses em relação a pesquisa de observação. Logo após, em pequenos grupos, os educandos confrontam esses mapas e começam a cruzar as inquietações comuns. Como mediadora do processo, listo todas essas inquitações e problemas de pesquisa, e na mediação com os mesmos, vou criando noções subsunçoras e posteriormente categorias maiores. De posse dessas categorias, construimos coletivamente nossos objetivos de pesquisa e logo em seguida os dispositivos. Todo esse movimento se dá de forma colaborativa e é compartilhado com os colegas, que podem sugerir e intervir na construção do outro. Nesse sentido, é de suma importância o exercício do diálogo e a partilha de experiências. De acordo com André (2006), faz parte do desenvolvimento social do indivíduo aprender a conviver e a trabalahr com o outro; aprender a ouvir e a se fazer ouvir, expressar idéias e opiniões próprias e acolher pensamentos e opiniões divergentes". É claro que todas essas habilidades, só podem ser exercitadas, se proporcionarmos espaços concretos de construção.


Um comentário:

Jamille Barbosa Lima disse...

Comungo dá idéia que para aprender é necessário experimentar. Pois as grandes descobertas das civilizações foram realizadas através das inquietações, da busca pela teorização e atribuições de significados e também da experiência de vivenciada. Neste contexto, não podemos esquecer as relações humanas, que são agentes de contribuições para o meio harmônico e colaborativo para o desenvolvimento. Por isto me lembro da fábula da convivência, de autor desconhecido. Conta à história que em era glacial, porcos-espinhos na tentativa de sobreviver ao frio aproximaram-se um do outro, assim forneceram para ambos um calor vital, necessário para sua sobrevivência. Porém o tempo estava passando e os espinhos deles próprios os feriam. Chateados com toda aquela situação afastaram-se um do outro, mas logo começaram a morre, os que resistiram aproximaram-se novamente, mas de maneira diferente, ou seja, agora dando um espaço um do outro, respeitando os limites dos seus companheiros para que seus espinhos não o ferissem. Jamille Barbosa